MPF deve evitar protagonismo eleitoral, diz Aragão

Brasília - O novo vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, adiantou nesta sexta-feira, 11, que será menos rigoroso ao avaliar denúncias contra candidatos nas eleições de 2014 por supostos abusos na propaganda. eleições de 2014 por supostos abusos na propaganda. Em clara crítica à sua antecessora no cargo, a procuradora Sandra Cureau, ele disse que o Ministério Público Federal (MPF) não pode ser "porrete" de políticos em campanha ou pré-campanha.
Brasília - O novo vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, adiantou nesta sexta-feira, 11, que será menos rigoroso ao avaliar denúncias contra candidatos nas
"Ela tinha o critério dela, que, vamos dizer, passava a régua, e eu acho que a gente tem de mudar o patamar disso. Sabe o que acontece? Se a gente for muito duro, o Ministério Público acaba virando um instrumento da disputa. Um (político) vai para o MP, o outro vai para o MP, ou seja, passa ser o porrete com que os candidatos jogam. Não temos de ser protagonistas no processo", declarou Aragão.
Depois de assumir o cargo, Aragão considerou improcedente representação de Cureau contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Ela pedira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multa e cassação da propaganda eleitoral do PT por suposta referência à disputa de 2014 e exaltação à presidente em inserções de TV veiculadas no primeiro semestre. Aragão, no entanto, não viu abuso no conteúdo.
Ele também não apontou irregularidade em spots do senador Aécio Neves (MG), possível candidato à Presidência no ano que vem. "Não vejo nada errado", disse, após café da manhã com jornalistas em Brasília.